sábado, 14 de dezembro de 2024

Então é Natal, a Festa Pagã!



 Então é Natal, a Festa Pagã!

Dezembro chegou e é a época das festas de fim de ano. Milhões de pessoas principalmente no Ocidente estão decorando suas casas com pinheiros, luzes e guirlandas, pensando na ceia de Natal, comprando presentes para a família e amigos, levando as crianças no shopping para ver o Papai Noel… A maior parte da sociedade em conformidade com as versões capitalista e cristã dessa celebração.

Em contrapartida, muitos bruxos e bruxas neófitos sentem-se confusos e deslocados dessa egrégora convencional, ainda mais no Brasil, onde várias correspondências do inverno europeu foram adotadas. Para compreender melhor como o Natal se tornou o que é hoje, é necessário fazer um resgate histórico até suas origens pré-cristãs.

Natal: Desde os Primórdios

Desde os primórdios da humanidade, diferentes civilizações em todo o mundo celebravam os ciclos da natureza: as mudanças das estações, as fases da Lua, os estágios da vida… Há mais de 7 mil anos antes da Era Comum O Sol era cultuado como o Deus fertilizador da Terra, que na primavera e no verão mostrava toda sua força e virilidade, já no outono e no inverno ele enfraquecia e morria, para então renascer.


No Império Romano existia o festival da Saturnália, realizado durante a semana em que ocorria o solstício de inverno, em honra ao Deus Saturno. Os agricultores pediam que Ele abençoasse suas colheitas e não as castigasse com um inverno rigoroso, ao mesmo tempo em que esperavam pelo retorno triunfante do Sol, trazendo nova vida à Terra. Falando em associar ritos agrários a divindades solares, temos Apolo e Hélios, incorporados do panteão grego, e o deus persa Mitra, ou o Sol Invicto, oficializado seu culto pelo imperador Aureliano em 25 de dezembro de 274 antes da Era Comum.

Nos festejos da Saturnália as pessoas faziam banquetes, cantavam, dançavam, bebiam e trocavam presentes. Inclusive os escravos temporariamente podiam descansar e ser servidos por seus amos. A alegria e a liberdade eram intensamente aproveitadas durante aproximadamente uma semana. Essa extravagância e inversão de valores inspirou outra data que deu grande fama ao Brasil, mas isso é assunto para outra hora.

Indo mais ao norte da Europa, as tribos celtas honravam ao Deus Cornífero em sua face da Criança da Promessa no Sabbat de Yule, que mesmo tendo varias características originais modificadas com o passar dos séculos, ainda em sua essência continua sendo celebrado por bruxos e bruxas contemporâneos. Um dos símbolos mais fortes do Natal, o pinheiro, uma das poucas árvores que sobrevive ao frio extremo, representava a vida que resistia a parte escura da Roda do Ano

Natal: Novos Rumos

Com a ascensão do cristianismo e posterior oficialização por Constantino em 313 da Era Comum, as coisas foram tomando outro rumo. Como proceder a fim de converter a todos que estavam sob domínio de Roma? O melhor jeito encontrado foi ressignificar a antiga expressão religiosa: as luzes das velas e os sinos não mais dão as boas vindas ao Sol, mas a Jesus Cristo, a Terra não mais sendo o corpo da Deusa, que dá a luz ao Deus na noite mais longa do ano, e sim Maria que traz o Deus Menino ao mundo. O pinheiro enfeitado não mais simbolizava a força e a esperança necessárias para sobreviver ao inverno, e sim a decoração para receber as bênçãos do novo aniversariante.  

Sendo assim, no século IV depois da Era Comum 25 de Dezembro decretado como Natal, provavelmente pelo Papa Júlio I, suplantando o paganismo, colocando uma figura sagrada no lugar de outras, que foram demonizadas e relegadas ao esquecimento, deixando apenas alguns vestígios de sua existência. O Cristianismo tomou para si como expressão do mal os chifres de Cernunnos, aliás, não coincidentemente Cristo também é chamado de “luz do mundo”, e em grego Lúcifer significa “o portador da luz”…

Um dos personagens mais icônicos do Natal, o Papai Noel, também é fruto da mistura entre tradições pagãs e cristãs. A lenda nórdica do Velho Inverno contava que um homem idoso e barbudo batia de casa em casa pedindo comida, e para aqueles que o acolhessem era prometido um inverno mais brando. Da mesma região, o deus Odin possui características semelhantes a Noel. Ele presenteava as crianças na véspera do solstício de inverno, montado em seu cavalo e sobrevoando sobre as casas.

Na Turquia do século VI depois da Era Comum, vivia o bispo Nicolau de Mira, conhecido por sua caridade com as crianças. Seu ato mais célebre de generosidade foi salvar três jovens da prostituição, dando-lhes sacos de moedas que serviram como dotes para ela poder se casar. Após sua beatificação tornou-se São Nicolau.


No século passado, a partir de 1931, a figura do “bom velhinho” bonachão e rechonchudo conquistou o imaginário de meninos e meninas mundo afora. A Coca-Cola precisava de algo para atrair a atenção das crianças, e nada melhor do que se aproveitar do fascínio que o carismático Papai Noel exercia sobre elas e botar sua imagem nas propagandas. Dito e feito, ele pegou carona rapidamente no trenó da mercantilização da infância.

No Brasil é o verão que chega em Dezembro. Não faz sentido para uma espiritualidade ligada a natureza seguir um calendário desconectado com o que pode ser sentido onde estamos. Portanto, para nós que estamos no hemisfério Sul é mais coerente celebrar Litha, o solstício de verão, e deixar Yule para junho. Agora, se você deseja montar um pinheiro só pelo clima de festa dia 24 reunir a família para confraternizar, sem um sentido religioso, e sim pelo prazer de estar com seus entes queridos, com certeza é válido.

Afinal, sem prejudicar a ninguém, faça o que tu queres, é a lei básica da bruxaria.



Heloísa Panisson Fagherazzi

Natal e a religião Wicca

 


Natal e a religião Wicca

Abençoados sejamos, filhos de Gaia!

É Natal! Todos celebrando o nascimento da Criança da Promessa! O menino Jesus! O presépio, a Maria e o José. Ele nascido de uma virgem!
Interessante observar que a Deusa Virgem tem o seu filho a Criança da Promessa juntamente com Deus Cornífero. Na história das Crianças Prometidas, elas sempre nasceram de virgens e sempre no período de 25 de Dezembro. Vejamos:

Mitra nasceu em 25 de Dezembro (séc. I da E.C). É um deus persa, mas foi adotado pelos romanos e convertido em deus Sol; Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro nascendo de forma milagrosa, sem envolvimento sexual.

Hórus ( 3000 a.E.C). Deus egípcio do Céu, do Sol e da Lua; Nasceu de Isis, de forma milagrosa.

Átis (Frígia / Roma - 1200 a.E.C.). Nasceu dia 25 de dezembro; e também nasceu de uma virgem, foi crucificado, morreu e foi enterrado. Acreditem! Ressuscitou no terceiro dia.

Tamuz: Deus da Suméria e Fenícia, morreu com uma chaga no flanco e, três dias depois, levantou-se do túmulo e o deixou vazio com a pedra que o fechava a um lado. Belém era o centro do culto a Tamuz.

Buda (séc. V A.E.C.). O mesmo anterior.

Baco / Dionísio (séc. II a.E.C.). Idem e fez milagres, como a transformação da água em vinho e a multiplicação dos peixes; ressucitou.

Hércules (séc. II a.E.C.). Hércules, filho de um deus com uma mortal e virgem. Estão presentes no momento de sua morte sua mãe e seu discípulo mais amado (Hylas); Sua morte é acompanhada por um terremoto e um eclipse do Sol; Ressucitou e ascendeu aos céus.

Krishna (3228 a.E.C.). Uma estrela avisou a sua chegada; É a segunda pessoa da trindade; Foi perseguido por um tirano que requisitou o massacre dos milhares dos infantes; Fez milagres; ressuscitou.

Há de se crer que tanto, Dionísio, Buda, Baco, Hércules, todos de virgens, ressuscitaram  e são a parte da Santíssima Trindade. Posteriormente escreverei sobre isso. Mas falemos de Yule!

Na Religião Wicca o Natal se chama Yule!

É comemorado com as cores verde e vermelho, brilhos, árvores verdes ou as toras de Yule. A Deusa com um bebê recém-nascido e o Deus Cornífero com barbas longas e um belo inverno com renas e cervos. É a Criança da Promessa. É a celebração do Solstício do Inverno! Conhecido como Natal, Ritual de Inverno, Meio do Inverno, Yule e Alban Arthan, o Sabbat do Solstício do Inverno é a noite mais longa do ano, marcando a época em que os dias começam a crescer, e as horas de escuridão a diminuir. Em toda parte do mundo, os Solstícios e os Equinócios eram festejados. Na Grécia antiga, no Egito em todas as partes deste planeta lindo que é a Terra com suas estações sazonais.

Mas, estamos no Brasil! Hemisfério Sul! Deveria ser celebrado o Solstício de Verão, mas algumas tradições celebram o que se chamam de Roda Norte e outras a Roda Sul, como eu. De qualquer forma, a sociedade celebra o Natal nesta data e portanto, o Natal é o nascimento de uma esperança, de uma vida jovem que pode ser representada por novas energias na Terra; uma conscientização do dever e respeito para com o ser humano e com a natureza.

É assim que se deveria ver o Natal e não brigas sobre a existência desse deus ou aquele, pois os Deuses e Deusas são a Natureza que nos cerca, é a consciência do dever cumprido e o amor aos demais, o respeito e falta de fome, pestes e doenças, escolas e alfabetização.

Acredito que a religião Wicca pensa assim e assim me apego a esta antiga/nova religião, onde a Criança da Promessa é a fertilidade chegando em todos os aspectos!

Aguarde o pequeno Deus com uma mesa enfeitada de vermelho, verde e dourado!

Velas douradas, vermelhas e verdes, uma bela árvore ou tora de Natal ou Yule!

Comidas e bebidas! Luzes coloridas, vinhos e doces, carnes e coisas quentes!

E bem-vinda a Criança da Promessa, filha da Deusa e do Deus!

Blessed Be!


fonte: horoscopovirtual.com.br

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Livro Ritos e mistérios secretos do Wicca.

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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Um pouco de história...Na Idade Média.

Um pouco de história...

Na Idade Média, não havia escovas de dente, perfumes, desodorantes e muito menos papel higiênico. Excremento humano era jogado das janelas do palácio.

Num dia de festa, a cozinha do palácio podia preparar um banquete para 1500 pessoas, sem a mínima higiene.
Nos filmes de hoje, vemos pessoas daquela época se sacudindo ou se abanando
A explicação não está no calor, mas no mau cheiro que exalavam sob as saias (feitas de propósito para conter o cheiro das partes íntimas, já que não havia higiene). Também não era costume tomar banho devido ao frio e à quase inexistência de água corrente.

Só os nobres tinham lacaios para abaná-los, dissipar o mau cheiro que o corpo e a boca exalavam, além de afugentar os insetos.

Quem esteve em Versalhes admirou os imensos e belos jardins que, naquela época, não eram apenas contemplados, mas serviam de banheiro nas famosas baladas promovidas pela monarquia, por não haver banheiros.
Na Idade Média, a maioria dos casamentos acontecia em junho (para eles, o início do verão). 

O motivo é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; então, em junho, o cheiro das pessoas ainda era tolerável. Porém, como alguns cheiros já começavam a incomodar, as noivas carregavam buquês de flores perto do corpo para disfarçar o fedor. Daí a explicação da origem do buquê de noiva.
Os banhos eram feitos em uma única banheira enorme cheia de água quente. O chefe da família teve o privilégio do primeiro banho em água limpa. Então, sem trocar a água, os demais chegaram à casa, por ordem de idade, mulheres, também por idade e, por fim, filhos. Os bebês eram os últimos a se banhar. 

As vigas de madeira, que sustentavam os telhados das casa, eram o melhor lugar para os animais, cachorros, gatos, ratos e besouros, se aquecerem. Quando chovia, as goteiras obrigavam os animais a pularem no chão.

Quem tinha dinheiro tinha chapas de lata. Certos tipos de alimentos oxidam o material, fazendo com que muitas pessoas morram de envenenamento. Os hábitos de higiene da época eram terríveis. Os tomates, por serem ácidos, foram considerados venenosos por muito tempo, as xícaras de lata eram usadas para beber cerveja ou uísque; essa combinação às vezes deixava o indivíduo "no chão" (numa espécie de narcolepsia induzida pela mistura de bebida alcoólica com óxido de estanho). Alguém andando na rua pensaria que ele estava morto, então eles recolhiam o corpo e se preparavam para o funeral. Em seguida, o corpo era colocado na mesa da cozinha por alguns dias e a família observava, comia, bebia e esperava para ver se o morto acordava ou não. 

A Inglaterra é um país pequeno, onde nem sempre havia um lugar para enterrar todos os mortos. Os caixões foram então abertos, os ossos removidos, colocados em ossários e a tumba foi usada para outro cadáver. Às vezes, ao abrir os caixões, percebia-se que havia arranhões nas tampas internas, indicando que o morto havia, de fato, sido enterrado vivo.

Assim, ao fechar o caixão, surgiu a ideia de amarrar uma alça do pulso do falecido, passando-a por um orifício feito no caixão e amarrando-a a uma campainha. Após o enterro, alguém foi deixado de plantão ao lado do túmulo por alguns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria soar a campainha. E seria "salvo pelo gongo 🔔", que é uma expressão popular que usamos até hoje.

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Rituais e Festividades na Wicca

Rituais e Festividades na Wicca

A Wicca é rica em rituais e festividades que celebram as mudanças sazonais e os ciclos da vida. 

**Sabás:**
Os sabás são divididos em dois grupos: os sabás maiores e os sabás menores. Os quatro sabás maiores são Samhain, Imbolc, Beltane e Lammas, enquanto os quatro sabás menores são Yule, Ostara, Litha e Mabon.

- **Samhain (31 de outubro):** Marca o fim do ano Wiccano e é um momento de homenagear os mortos.
- **Yule (21 de dezembro):** Celebra o solstício de inverno e o renascimento do Sol.
- **Imbolc (1º de fevereiro):** Marca a promessa da primavera e a purificação.
- **Ostara (21 de março):** Celebra o equinócio de primavera e o equilíbrio entre luz e escuridão.
- **Beltane (1º de maio):** Um festival de fertilidade e união.
- **Litha (21 de junho):** Celebra o solstício de verão e a força do Sol.
- **Lammas (1º de agosto):** Marca o início da colheita.
- **Mabon (21 de setembro):** Celebra o equinócio de outono e a abundância da colheita.

**Rituais:**
Os rituais Wiccanos variam, mas geralmente incluem a criação de um círculo mágico, invocação das divindades, recitação de encantamentos e celebração dos elementos.

sábado, 15 de junho de 2024

História e Princípios

História e Princípios 

A Wicca é uma religião neopagã moderna que ganhou popularidade no século XX. Embora suas raízes estejam nas antigas práticas pagãs, a Wicca contemporânea foi formalizada por Gerald Gardner na década de 1950.

**História:**
A Wicca emergiu na Inglaterra após a revogação das Leis de Bruxaria em 1951. Gardner, considerado o "pai da Wicca moderna", combinou elementos de várias tradições esotéricas e ocultistas para criar uma prática estruturada.

**Princípios Básicos:**
- **Divindades:** A Wicca é politeísta, venerando principalmente a Deusa e o Deus. A Deusa é frequentemente associada à Lua, à Terra e à fertilidade, enquanto o Deus é associado ao Sol, à natureza e à caça.
- **Roda do Ano:** A Wicca celebra oito sabás, ou festivais sazonais, que marcam as mudanças nas estações.
- **Lei Tríplice:** Este princípio ético fundamental afirma que qualquer ação, boa ou má, retornará ao praticante três vezes mais forte.
- **Rede Wiccana:** "Faça o que quiser, desde que não prejudique ninguém." Este preceito incentiva a responsabilidade pessoal e a harmonia com o mundo ao redor.

Então é Natal, a Festa Pagã!

  Então é Natal, a Festa Pagã! Dezembro chegou e é a época das festas de fim de ano. Milhões de pessoas principalmente no Ocidente estão dec...